quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Eterno Recomeço


Cada linha começa uma nova historia;
Cada historia começa um novo futuro;
Cada futuro trás uma nova esperança;
Cada esperança começa uma nova linha.

Tudo volta ao começo e trás dentro de si
A semente da destruição, inevitável como
Inevitável é a solidão do poeta a cada verso
A cada palavra, a cada sentimento e a cada despedida.

Sempre procura das palavras, entre livros e frases,
E encontra o significado das profundezas
Da alma humana e da face inescrutável da derrota
Do verso perdido nas terras distantes da mente.
Que transita entre emoções e decepções,
Alegrias e muitas tristezas, meias verdades e mentiras
Inteiras que fazem da vida um contraste de situações
Alucinantes e alucinados por um louco desejo.

Consome o copo de vinho, consome a palavra
Letra por letra, sentindo os sentidos escorrerem
Pelo ouvido e caírem no chão e sumirem
Sem serem compreendidos e vamos adiante
A procura de outras palavras, outras letras,
Outros copos de vinho e outras e novas emoções
Para chegarmos de novo em frente ao papel em branco
Com uma nova linha, nova historia e uma nova esperança.

Marcelo Riboni
26/11/2009
21:23 hrs.

sexta-feira, 27 de março de 2009

detetive lesma e o corno


Dia fraco, trancado no escrotorio zapeando canais. Fazia algum tempo que não trabalhava, alias muito tempo. Aluguel vencido a dois meses, geladeira vazia. Só cerveja e catchup dentro. A única excitação nos últimos meses eram as brigas com minha linda namorada Carminha. Estava constipado, não dava uma barreada descente havia dias. É o que da comer em barraquinhas de cachorro quente vagabundo. Com aquelas batatas palha que quase quebram um dente. Sabia que era uma questão de dias para resolver o problema. Quando de repente ouvi o telefone tocar e fui atender. O cara do outro lado da linha parecia aflito, falava rápido; tão rápido que não entendi nada do que dizia. E não parava de falar ate que gritei “DESEMBUCHA LOGO, RAPAZ! E COM CALMA, POR FAVOR”. Falou que queria marcar um encontro urgente, caso de vida ou morte. Dei meu endereço e ele falou “estou aí em dez minutos”. Fui pegar uma roupa descente no armário, não podia atender um cliente de short e camiseta cheia de molho de tomate. Botei uma camisa social e uma calça jeans mas não fiz a barba. E aquele aperto na barriga de coisa trancada me incomodando. O camarada chegou em alguns minutos e bateu na porta, avisei para entrar e sentar-se. Coisa que ele fez, era um camarada feio para cacete, meio careca e acima do peso. Estava usando um terno ordinário e todo marcado de suor, parecia mesmo que tinha vindo correndo ate aqui. Falei com ele como se não estivesse precisando do caso e fosse um detetive figurão de grande nome. Ele falava muito rápido e tinha que repetir tudo. Ofereci um copo de água, ele aceitou. Fui ate a cozinha e voltei dizendo “desculpe, não tem água nem de torneira. cortaram semana passada a água”. Ele fez sinal que estava bem, e pedi para explicar o que ele queria. Ele todo nervoso foi falando:
- Veja bem, meu jovem, meu nome é Jorge e estou desconfiado da minha esposa. Ela é bem jovem e muito bonita. Acho que casou comigo pelo meu dinheiro. Ate alguns meses estava tudo normal. Mas agora acho que ela tem um amante.” – e começou a chorar.
- Calma meu camarada, tu quer provas que ela tem um amante? É isso? – fui dizendo sem olhar para ele que era uma visão de um homem arruinado. E peguei um marlboro na gaveta.
- Não meu jovem, eu SEI que ela tem um amante. Deve ser um destes sarados de academia. O nome dela é Amanda e ela vai me deixar e vai fugir com ele. quero que tu mate eles. – falou – e vou te pagar muito bem por isso.
- Espera aí cara, eu não sou homicida. Nem arma eu tenho. E nem por todo dinheiro do mundo eu mataria alguém. – fui protestando irado, mas aquela pontada na barriga me fez fazer uma careta de dor.
- Que cara é essa? Não precisa disso. – disse ele.
- Estou com prisão de ventre e falando em prisão não gosto nem de prisão de ventre, imagina uma de verdade.
- Toma aquele iogurte que isso passa. – disse ele.
- Que iogurte nada, não vou matar ninguém, já disse. Então...obrigado...- e apontei para a saída.
- Esta bem, só me arranje então provas de adultério. O resto eu me viro...- disse ele abaixando a cabeça careca de vergonha.
- Não, não quero parte em nada disso...obrigado pela visita...- disse novamente apontando a porta de saída. Aí ele abriu a carteira e tirou uma foto da esposa e me passou.
- Fiiiiiuuuu, esta é SUA esposa? – olhei a foto com atenção. Uma loira de 18, 19 anos,cara de modelo, com um par de peitões espremidos dentro de um suéter colado como se fosse pele e de saia bem curta que mostrava umas coxas colossais.
- Viu só? – disse ele – agora, me diz? Quanto cobra pelo serviço?
- Meu chapa, vou aceitar mas vai custar mais caro. Preço especial para ti. Mas nada de matar ninguém. Ou te denuncio a policia. Certo?
- Esta certo, mas pelo menos o nome do amante dela eu quero. – e me passou o endereço deles e saiu porta afora. E eu sabia que ele queria matar o coitado do amante mesmo, mas ia fazer o serviço.
Comecei a tocaia no dia seguinte, peguei o carro de um amigo emprestado e fiquei de butuca na porta da casa do cara. Lá pelas oito horas ele saiu de carro, para o trabalho provavelmente. A casa era ampla com grandes janelas na frente. Umas dez e meia a loira abriu as cortinas da frente num roupão de banho. Meu pau já ficou duro como uma pilha de moedas de um real, e ela foi para cozinha tomar café. Quase onze horas ela pegou e telefone e fez uma ligação, que do meu carro dava para ver que era o tal amante. Pelas caras e risadas dela no telefone. Meio dia o otário do Jorge voltou para almoçar em casa. E uma da tarde saiu de novo. Uns quinze minutos depois ela tirou uma bela caranga esporte da garagem e saiu. Fui atrás, ela cruzou uma sinal amarelo que me deixou preso no vermelho. Fiquei puto da cara. E voltei para meu escritório. Lá pelas tantas ligou o Jorge querendo saber novidades, disse que não tinha nada ainda. Mas ia pegar ela rapidinho e que sim ela tem um amante. Ele furioso disse que já sabia disso e queria um nome. Desligou na minha cara. No dia seguinte achei que conseguiria no mínimo ir ao banheiro e pegar esta vaca. Ao banheiro não consegui, e tomei um daqueles iogurtes que ele falou. Voltei a casa deles e fiquei antenado de novo nas atividades da moça, linda como um anjo. Depois da mesma rotina do dia anterior ela saiu de carro logo após o almoço. Desta vez não ia me escapar, e não escapou. Fui ate um motel atrás dela. Ela entrou e entrei atrás esperei um pouco e fui ate a recepção. Perguntei pela moça que entrou, não queriam falar. Mas mostrei uma carteira falsa de policia civil e me falaram que ela vinha quase todos dias naquele motel sempre ao pouco depois do almoço, mas não sabem quem encontra com ela. Entra sozinha e sai sozinha. Fiquei esperando no saguão, quando entraram umas pessoas, dois casais e uma moça. Esperei um pouco e subi ate o quarto dela. Quando estava no elevador aquela porra do iogurte fez efeito, tive que sair correndo e soltar a serpentina atrasada. Quando acabei ela já tinha saído. Perguntei na recepção por ela e tinha mesmo ido. Mas já sabia que ela voltaria lá amanhã. Voltei ao motel no dia seguinte e esperei e esperei. Fui ate a recepção e a mesma mocinha que atendia disse “hoje é sábado, nunca vi ela aqui no sábado”. Porra pensei, que mancada. É final de semana. Não via Carminha havia quase duas semanas depois da ultima briga. Fui ate a casa dela e pedi desculpas pelo o que havia feito com ela ( e nem lembrava o que é que tinha feito) e fizemos um sexo gostoso. Ela chorou um pouco e eu abracei-a forte em meus braços e disse que não brigaríamos mais. Fiquei na casa dela ate segunda de manhã, e sai atrás da loiraça no motel. Desta vez tu esta fudida, loirinha. Vou te pegar e te fuder, mas não ia ser gostoso em nada para ti. Ate que ela chegou, entrou sozinha como sempre. Entraram uns casais e outras pessoas. Dei uns minutos e fui ate o quarto dela. Meti o pé na porta e vi aquela linda loira fazendo um INCRIVEL sexo oral em outra lindinha de cabelos vermelhos. Que cena, me deu vontade de entrar ali no meio. Mas elas deram um grito alto para cacete e começaram a vir pessoas dos quartos vizinhos ver o que estava acontecendo. Mostrei minha carteira falsa de policial e dispersei o tumulto. Entrei e fechei a porta e falei com menina que estava chorando de vergonha e medo.
- Fiquem calmas, meninas. Não sou policial nada. Sou um detetive, o marido de Amanda me colocou atrás dela. – o que deixou as duas muito nervosas e disse – ele sabe que ela tem um amante. Esta querendo sangue. – disse.
As duas se desesperaram e começaram a me explicar que namoravam desde os quinze anos que se amavam muito e os pais de Amanda obrigaram ela a casar, mesmo sem ela nunca ter tido um único namorado. E pensavam na colega como uma amiga muito querida de Amanda. Nem desconfiavam em outra relação entre elas. Mas se amavam muito. Eu disse que daria um jeito no caso pedi desculpas as duas e voltei ao meu escritório. Na segunda mesmo recebi uma ligação de Jorge e pedi que viesse ao meu escritório que tinha resolvido o caso e tinha o nome do amante. Ela veio voando chegou em vinte minutos. Com um sorriso no rosto de orelha a orelha, batendo as mãos uma na outra louco de excitação. Passei um nome e ela saiu correndo e deu meu cheque que salvaria por um tempo. O nome que passei a ele era de um amigo que era de alta periculosidade, bandido mesmo, se o Jorge for atrás dele vai se dar mal, muito mal. Ele queria um homicídio se ele for atrás vai achar o dele mesmo. As duas estavam a salvas. Com o cheque em mãos fui ate a casa de Carminha e quem sabe ela não se interessa por uma aventura com uma ou outra amiga dela e tudo fique bem de novo?

Marcelo riboni
27/03/2009
19:27hrs

sábado, 28 de fevereiro de 2009

onde os anjos não ousam pisar - nasi


Equilibrado na beirada do abismo
quem sabe caia ou talvez vá voar.
Noite cerrada, ferro, fogo, batismo,
anjo nenhum vai conseguir me escorar!
Vai com açúcar ou prefere adoçante?
Anjo-da-guarda se recusa a provar

(Refrão)
Nada a perder, nada a ganhar.
Enlouquecer ou delirar.
E eu ainda insisto em andar
onde os anjos não ousam pisar.

Na matinê morro de tiro ou de tédio.
Se Deus morreu quem é que vai me enterrar?
Prefiro o brilho do meu próprio remédio.
Anjo-da-guarda se recusa a olhar.
A camisinha você trouxe, meu bem?
Deixa, meu anjo, que eu não vou gozar.

(Refrão)

Alma vazia, vendi todos os móveis.
Levei na troca pó-de-pirlimpimpim.
Luz na neblina, solidão, automóveis,
molhado asfalto das esquinas de mim.
Abandonado por meu próprio destino,
fazendo força pra seguir sem pensar.
Dentro do peito agonizando o menino
que se perdeu porque não soube chorar.
Se não tem cura eu toco um tango argentino
olhando o anjo que não sabe dançar.

(Refrão)

Onde eu passo sem ter que pensar
nenhum anjo consegue voar...

letra - nasi
disco - onde os anjos não ousam pisar
ano 2008

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

dia chuvoso



Cerveja quente, dia chuvoso.
Pelo menos hoje não esta tão calor.
O destino conspira contra mim,
O tempo corre no relógio esgotando
As minhas possibilidades de ter sucesso
Como gari, como contador ou contador
De historias ou como qualquer coisa.
Passado remoto remonta meu dia a dia
Fazendo o terror constante e perene
Transformar minha vida inútil num
Inferno privado. Pensamentos auto destrutivos
Descem pela privada do meu cérebro.
O complexo de Bukowski ataca muitos
Que pensam que podem escrever, inclusive eu;
O sentido que posso estar fazendo papel de ridículo
Escrevendo, me expressando de alguma forma
Não me aterroriza tanto quanto o papel de imbecil
Que já passei na vida. Amores perdidos, amigos e inimigos
Que me amam e me odeiam consomem minha alma
Que procura um oásis das idéias para ter uma folga
Desta vida maluca. Bebidas de mais, sono de menos
E pensamentos obscenos que remontam uma vida
Sofrida e desperdiçada. Anos perdidos, anus fodidos
E muita loucura me faz querer mais e menos
Ao mesmo tempo, só paz e serenidade. Sem nada
Para fazer a não ser ter tempo o suficiente de viver
Um aguardado e muito merecido amor de verdade.

Marcelo riboni.
16:15hrs
23/02/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/omardito

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Carona Maldita


Caindo a noite, sol no horizonte por entre as montanhas com aquela luz de poente. Cenário perfeito para um poema pensou John enquanto sintonizava a radio do seu caminhão atrás de uma musica decente. Achou uma estação de rock, estava tocando “The Doors”; “Roadhouse Blues”. John olhou para estrada curtindo o som da sua época, “anos 60. grande época para o rock. Depois virou tudo barulho” pensou ele. Começou a cair a noite e o sol deu lugar a uma lua cheia. John tomou um rebite para ficar atento, já que estava na estrada por mais de 30 horas. Tinha que entregar uma carga daqui a 46 horas. Não tinha tempo para dormir. Seguiu por uma estrada vazia, sem nenhuma casa por milhas e só que iluminava a estrada eram as luzes de seus faróis. A radio que ouvia saiu do ar fazendo BZZZZZZ...John deu uns tapinhas na antena interna do negocio e voltou a tocar. Desta vez “the turtles”; “guide for a married man”. John já foi casado uma vez. Casou com uma maluca, bêbada que passava o dia todo vendo televisão e bebendo cerveja enquanto ele trabalhava dia e noite numa fabrica de sapatos. Um dia John se sentiu mal e voltou para casa e pegou a esposa com o vizinho maconheiro na cama. Acabou sem casa, sem esposa, sem vizinho. Comprou um caminhão e esta desde então virando o país de ponta a ponta. Já rodou da florida ao Alasca. De los Angeles a nova York. Pensando naquela situação da esposa ele fica deprimido. Com vontade de chorar. Quando vê na estrada uma garota de uns 18 anos, mas com cara de menos pedindo carona. Ele pondera “será que para? Esta estrada vazia e sem ninguém por perto, ela nunca vai conseguir carona”. E então parou. Botou a cara na janela e perguntou:
- Esta pedindo carona, minha jovem?
- Não, estou tentando morrer de fome aqui. Pode ser?
- Esta de piada. Sobe aí! Para aonde?
- Para bem longe. Dá para ser?
- É para lá que vou mesmo. Mas me diz, qual é sua idade? Você me parece bem jovem.
- Tenho idade o bastante tio. E você é um destes tarados que pegam pessoas na beira da estrada e fazem horrores? – e sorriu com MUITA malicia.
- Que é isso menina, me respeita... – e a jovem meteu a mão na radio e começou a procurar uma outra estação – opa, opa, opa. Aqui quem manda sou eu. Não mexe ai, não.
- Qual é seu nome, titio?
- John e o seu, menininha?
- Mary. O que tem ai na carreta titio?
- Cala esta boca. – a garota esta fuçando em tudo pela cabine do caminhão – não mexe ai garota.
- Nunca estive numa boleia de caminhão. Aquilo é uma cama ali atrás? Que legal isso é uma casa quase.
- Esta é minha casa – disse John a garota – e você é minha convidada.
A garota colocou numa radio de musica de jovem, britney spears, lilly Allen e amy winehouse. John começou a ficar incomodado com aquele lixo sonoro. A garota estava atirada na cama da boleia. Começou a arriar as calças, John só de olho pelo espelho retrovisor para garota que ficou só de calcinha e de camiseta. John ficou excitado mas estava na duvida. Ela parecia muito jovem e podia dar problemas sérios um movimento errado. Quando de repente ele encosta o caminhão no acostamento da estrada vazia. Já passava da uma e não tinha nenhum sinal de vida por quilômetros. Pulou para cama da boleia e baixou as calças. A garota sorriu e pegou no pau do John e fizeram sexo por horas. A garota caiu no sono depois e ele voltou ao volante. Depois de um tempo a garota acorda e fala:
- Titio, estou com fome. Encosta a vamos comer algo.
- Não sei. Não sei. Tenho que cumprir meu horário. Mas verei o que posso fazer.
Quando estava nascendo o sol John encostou num posto de gasolina e entraram. A Mary pediu panquecas, suco de laranja e depois sorvete se chocolate. John ficou no café preto sem açúcar. A garota comeu desvairadamente, parecia morta de fome e quando acabou falou:
- Eu estava lá ontem te esperando, sabia?
- Ah é? – John achando graça da piadinha.
- Sim, John Mcandrew, sua ex esposa, Julie me mandou estar lá.
- Julie, hein? Como anda ela?
- Não enrola, você não sabe de nada. Somos uma seita, seita macabra. Ela é nossa profetiza. Diz que você é o pai de todo mal do mundo. Que devia ser eliminado a todo custo em prol da humanidade.
- Esta Julie, cada vez mais doida. Hahahaha – deu gargalhadas – vamos embora. Já paguei a conta.
- Cala boca seu demônio. – e foram saindo do restaurante – você vai pagar por ter trazido o mal ao mundo.
No estacionamento do posto Mary saca um revolver 38 e da seis tiros em John e some correndo pela estrada. Chegam a policia, para-médicos e John antes de morrer diz:
- Aquela vaca louca me matou com minha arma. Julie, novamente a culpa é toda sua.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

moça dos cabelos castanhos


Moça do cabelo castanho preso
Que se benze quando passa em
Frente das igrejas. Se benza por você,
por mim e por meu pai alcoólatra doente
No hospital. Se benza pela humanidade
Podre que se destrói em guerras, em
Brigas estúpidas, em bairros, em casas,
Em casamentos, namoros e amizades
Sem propósito algum. Se destroem por
Raiva, vaidade, ciúmes e outras bobagens.
Que sua bênção salve nossas almas da
Tristeza que é o cotidiano sem sentido.
Amem moça do cabelo castanho preso.

15/01/2009
15:35

Omar dito

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

olhar perdido da puta


A puta do olhar perdido que
Olha a igreja e pensa
Na salvação da alma
Da lama da vida cotidiana.

Sexo sem prazer, dor sem doer;
Vida perdida, decidida. Procurando
Uma sorte melhor no mundo,
Senão neste no outro mundo.

Amor doente, doença com
Com personagens múltiplos.
Mente dividida entre o entra
E sai de clientes. Roubando-lhe
O sexo, estilhaçando a alma
Que dói atrás da mascara
De puta. Vadia que quer amor,
Sentimento, carinho num canto
Da mente que olha fixamente
A igreja do outro lado da rua.

05/01/2009
20:10hrs