quinta-feira, 19 de maio de 2011

Manual do Guerrilheiro Urbano

Manual do Guerrilheiro Urbano
Autor: Carlos Marighella

O guerrilheiro urbano é um inimigo implacável do governo e infringem danos sistemáticos as autoridades e aos homens que dominam e exercem o poder. O guerrilheiro urbano é caracterizado por sua valentia e natureza decisiva. O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o presente sistema econômico, político e social brasileiro, já que sua meta é ajudar o guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder. O guerrilheiro urbano tem que ter um mínimo de entendimento político. Para conseguir isso, tem que ler certos trabalhos impressos ou mimeografados como: Guerra de Guerrilha por Che Guevara, Memórias de um terrorista, algumas perguntas dos guerrilheiros brasileiros sobre os problemas e princípios estratégicos, certos princípios táticos para camaradas levando em conta operações de guerrilha, perguntas organizacionais, ou guerrilheiro, jornal dos grupos revolucionários brasileiros.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tarja Preta

“i burn the competition like a flamethrower”
Adam Yauch

Baratos afins, sinônimo de destruição
Parado na garganta do diabo
Dou um cuspe para cima
Que ao menos me refresca a vista.
Estúpida idéia fixa,
Que me atormenta as idéias.
Rotina, barulho, rotina.
Barulho queima a retina, bagulho.
Mergulho de cabeça no acido
Caustico que é meu humor;
Lento é o caminho do horror
Transformado em paranóia delirante
No mesmo instante que agora
Estoura uma confusão – uma confissão –
Sou totalmente LOUCO!!!

Marcelo Riboni
13/05/2011
23:15hrs

Trinca dos T's Pt.3 - Tarde Demais

Eu gostaria de desaparecer.
Sumir daqui, sair e não voltar mais;
Deixar as mesmas coisas inacabadas
Acabarem por si só, não me importar.
Fazer de conta que não sou eu.

Eternamente ser um fantasma.
Que minha irritação surda cale as pessoas
Que ficam mudas aos sentimentos
E gritam através atitudes impensadas.
Acordar de um sonho que me foi negado.

Consumir a realidade em goles
Com seu sabor bem amargo,
Fazendo o papel de ridículo
Num mundo de mentira
E não me importar com o que dizem.

Marcelo Riboni
27/04/2011
01:17hrs

Trinca dos T's Pt.2 - Trincado

É impossível imaginar
O que você faria se estivesse no meu lugar.
E como tudo seria mais fácil
Não ter que decidir, não ter que escolher;
Sem nada, sem sacrifício
Então a gente nem mesmo teria um inicio

Mas as muralhas estão lá,
Dentro da cabeça e não deixam que eu esqueça
As neuroses cotidianas,
De um personagem do Woody Allen
Perdido no meio de um filme de Clive Barker
Sem noção, sem tempo e sem alma.

Um mundo maluco se forma
Em torno de mim que
Corro, corro, corro
Fugindo de fantasmas
Que já nem estão mais lá
E quando paro, reparo que é o fim!

Marcelo Riboni
16/04/2011
21:02hrs.

Trinca dos T's Pt.1 - Tristeza

Os dias passam
Com o vento,
Com a chuva ,
E com o sol que as vezes brilha.
Mas o meu caminho e a minha trilha
Nem sempre estão claros.

Choro baixinho, escondido
No ritmo da minha tristeza.
E com as lagrimas secretamente caindo
Abandono lentamente as lamentações.

E com chuva que caía;
A rua fica vazia;
Alguns passantes anônimos
Deixam seus passos marcados
Em algum lugar
De uma foto antiga.

“A mujeres como yo no las conoces, las contraes”
Xavier Velasco, Diablo Guardián

Marcelo Riboni
10/03/2011
21:43hrs

Fotos em preto & Branco

Deitado ao lado de memórias,
Apagadas como fotos,
De historias mal explicadas.
Sujeito a sujeiras da vida
Que passa despercebida,
Olhando prédios,
Em busca de um descanso
Em alguns instantes sem paz,
Enquanto ouço velhas queixas de um rapaz.
Que um dia morreu de namores, de tristeza e agonia;
Sozinho e sem rumo
Perfeito mas sem alma
Sei foi.
Este rapaz era EU!!!

Um mundo em cortes

Pedaços rasgados
Atirados de lado,
Folhas de cadernos
E livros fechados.
Aqui o mundo parou;
Aqui o mundo não mudou.
Pó e escombros
Estão dentro da minha mente,
Que mente que tudo vai dar certo.
Meu passado passado por linhas
Escritas num diário de um vagabundo
Onde só a solidão é companheira

Olho como quem não quer nada
Os rostos que um dia eu já admirei
E hoje não passam de memórias
Em preto e branco entre sorriso amarelos.

10/03/2011
15:30hrs.
Marcelo Riboni