Musica alta, mente alertando
Uma sucessão de insucessos
Fazendo cada momento
Trazer um sentimento
De gosto amargo na boca;
De cinzas do passado
Que foi um suicídio por segundo
Seguindo todos rituais de auto-destruição.
Coração, corpo e pensamento
Levados a beira do abismo.
Julgado e condenado;
Rindo mas sofrendo;
Chorando e vertendo mais e mais lagrimas
Para que o teatro dos mortos
Continue pateticamente
Levando a cabo sua encenação
Do teatro do absurdo.
O tornado ridículo toma conta do palco
E se transforma no centro da farsa tragicômica
Que começa quando chega o ponto final.
28/01/2010
20:51hrs
Marcelo Riboni
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Vingança tardia
Passo em frente a um mercado, volto e
Entro e compro um maço de cigarros.
Saindo olho os mendigos que circulam
Em torno do local e ficam bebendo cerveja.
Dou um o troco a uma criança que fica por
Ali. Sigo meu caminho por que tenho coisas a fazer.
Chego numa casa e bato na porta, um senhor
Vem e abre para eu entrar. Ele sabe quem eu sou
E o que vim fazer aqui. Batemos um papo por um
Tempo. Então saco meu .45 e descarrego no peito
Do velho. Que cai sentado na sua poltrona de ver T.V.
Calmamente tomo um copo de água e saio novamente.
Chego no meu barraco e espero. Deixo o celular do
Meu lado. Esperando a chamada do meu empregador.
Fico de cuecas bebendo uma vodka com suco de laranja,
Olhando para dentro da minha reprodução de “garçon a la pipe”
E então toca o telefone e a voz fala - aliviou meu problema?
E eu respondo – ‘se quiseres viver, prepara-te para morrer’
Disse Freud. E voltei ao meu belo quadro.
Continuação de “poema para uma morta”
Marcelo Riboni
05/09/2009
Entro e compro um maço de cigarros.
Saindo olho os mendigos que circulam
Em torno do local e ficam bebendo cerveja.
Dou um o troco a uma criança que fica por
Ali. Sigo meu caminho por que tenho coisas a fazer.
Chego numa casa e bato na porta, um senhor
Vem e abre para eu entrar. Ele sabe quem eu sou
E o que vim fazer aqui. Batemos um papo por um
Tempo. Então saco meu .45 e descarrego no peito
Do velho. Que cai sentado na sua poltrona de ver T.V.
Calmamente tomo um copo de água e saio novamente.
Chego no meu barraco e espero. Deixo o celular do
Meu lado. Esperando a chamada do meu empregador.
Fico de cuecas bebendo uma vodka com suco de laranja,
Olhando para dentro da minha reprodução de “garçon a la pipe”
E então toca o telefone e a voz fala - aliviou meu problema?
E eu respondo – ‘se quiseres viver, prepara-te para morrer’
Disse Freud. E voltei ao meu belo quadro.
Continuação de “poema para uma morta”
Marcelo Riboni
05/09/2009
Poema para uma morta
Moça louca corre pelo corredor,
Ela esta sem camiseta e de calcinha rosa.
Desespero estampado na face sem pudor
Gritando que roubaram sua alma
Abro os olhos e vejo as horas,
Quatro e quarenta da manhã, acendo um cigarro
Fumo e volto a dormir.
Ignoro este terrível pesadelo.
A moça volta, esta com um roupão preto
E fuma um cigarro, com uma cara mais calma,
Olhando fixamente para meu .45
Do lado de um jornal que anuncia o fim do mundo.
Um barulho me desperta mas fico com olhos semi-serrados.
Vejo um vulto se mexendo pelo quarto
Acompanho ele ate entrar no banheiro.
Depois ouço uma voz feminina cantar “superbacana”.
Abro os olhos enquanto pego a arma,
Ponho no meio das pernas e solto a trava.
Garrafas de bebida vazia decoram este apartamento horrível.
Agora ela liga o chuveiro e entra no banho,
Sento encostado contra a parede e bebo o ultimo gole do Scotch
Junto com o ultimo cigarro do maço.
Fico olhando para porta esperando ela sair,
Ela sai do banheiro enrolada numa toalha vermelha.
Dou um disparo na sua barriga, ela vai para trás com o impacto,
O vermelho do sangue se confunde com o vermelho da toalha.
Dou outro tiro no tórax e ela cai de vez no chão.
Ponho a roupa devagar, olhando o corpo caído,
Desço as escadas e vejo o nascer do sol por entre os prédios.
Entro num bar e peço um maço de cigarros e uma garrafa de whisky,
Acendo mais um cigarro e caminho pela rua sem direção.
Toca o celular e o marido pergunta “feito?”; respondo que sim.
20:38
12/07/2008
Marcelo Riboni
Ela esta sem camiseta e de calcinha rosa.
Desespero estampado na face sem pudor
Gritando que roubaram sua alma
Abro os olhos e vejo as horas,
Quatro e quarenta da manhã, acendo um cigarro
Fumo e volto a dormir.
Ignoro este terrível pesadelo.
A moça volta, esta com um roupão preto
E fuma um cigarro, com uma cara mais calma,
Olhando fixamente para meu .45
Do lado de um jornal que anuncia o fim do mundo.
Um barulho me desperta mas fico com olhos semi-serrados.
Vejo um vulto se mexendo pelo quarto
Acompanho ele ate entrar no banheiro.
Depois ouço uma voz feminina cantar “superbacana”.
Abro os olhos enquanto pego a arma,
Ponho no meio das pernas e solto a trava.
Garrafas de bebida vazia decoram este apartamento horrível.
Agora ela liga o chuveiro e entra no banho,
Sento encostado contra a parede e bebo o ultimo gole do Scotch
Junto com o ultimo cigarro do maço.
Fico olhando para porta esperando ela sair,
Ela sai do banheiro enrolada numa toalha vermelha.
Dou um disparo na sua barriga, ela vai para trás com o impacto,
O vermelho do sangue se confunde com o vermelho da toalha.
Dou outro tiro no tórax e ela cai de vez no chão.
Ponho a roupa devagar, olhando o corpo caído,
Desço as escadas e vejo o nascer do sol por entre os prédios.
Entro num bar e peço um maço de cigarros e uma garrafa de whisky,
Acendo mais um cigarro e caminho pela rua sem direção.
Toca o celular e o marido pergunta “feito?”; respondo que sim.
20:38
12/07/2008
Marcelo Riboni
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Noites Vazias
Eu escrevo o silencio da alma.
As palavras nunca ditas
Que destroem as noites e
Abrem o chão embaixo
Dos meus pés, então surge o buraco
Que consome minha vida
Deixando vazio os espaços.
As coisas são irrelevantes,
Nada mais tem sentido.
O sentimento morreu
E no seu lugar nada nasceu.
Tornando tudo fugaz, imediato e automático;
Em ações condicionadas.
Os sorrisos tão falsos quanto
A simpatia que disfarça o ódio.
O mundo segue
E todo dia surge o sol
Tudo continua igual
Sempre seguindo o mesmo ritual
Pessoas acordam e tem a mente dormindo
Pessoas viram “não humanos”
E quando tudo terminar
Seremos todos insanos.
18/01/2010
18:52hrs
As palavras nunca ditas
Que destroem as noites e
Abrem o chão embaixo
Dos meus pés, então surge o buraco
Que consome minha vida
Deixando vazio os espaços.
As coisas são irrelevantes,
Nada mais tem sentido.
O sentimento morreu
E no seu lugar nada nasceu.
Tornando tudo fugaz, imediato e automático;
Em ações condicionadas.
Os sorrisos tão falsos quanto
A simpatia que disfarça o ódio.
O mundo segue
E todo dia surge o sol
Tudo continua igual
Sempre seguindo o mesmo ritual
Pessoas acordam e tem a mente dormindo
Pessoas viram “não humanos”
E quando tudo terminar
Seremos todos insanos.
18/01/2010
18:52hrs
sábado, 2 de janeiro de 2010
Fragmentos.
Afogado num mar de pensamentos imprecisos;
Soterrado em memórias fora de ordem;
Repartindo uma cerveja com pior lado
Da minha imaginação obcecada.
Dividido entre a dor e o prazer.
Tentando comunicação com o lado
Escuro da noite, onde não há nada a não ser
Cacos de uma vida passada, esquecida e enterrada.
Contando as horas para o sol nascer e me absolver
Da escuridão de uma alma desalmada que
Não poupa meus pecados e não alivia
Com gracejos as minhas conquistas.
Amando a dor e sentindo prazer em sofrer.
A cada virgula das frases surgem ressentimentos
Que não permitem a paz interior e também não dão chance
A felicidade de ver um fracasso como um enorme sucesso.
E sim uma sucessão de lamentos e xingamentos,
Gritos e absurdos tomando conta do sistema
De ordem mental que faz a realidade cruel
Tornar impossível habitar esta pele decomposta.
Sentindo inútil o sentimento de auto comiseração,
Tornando impossível a convivência interna.
A loucura instala-se no cotidiano fazendo todo dia
O inferno sair de seu buraco só para me ver.
Marcelo Riboni
02/01/2010
16:49hrs.
Soterrado em memórias fora de ordem;
Repartindo uma cerveja com pior lado
Da minha imaginação obcecada.
Dividido entre a dor e o prazer.
Tentando comunicação com o lado
Escuro da noite, onde não há nada a não ser
Cacos de uma vida passada, esquecida e enterrada.
Contando as horas para o sol nascer e me absolver
Da escuridão de uma alma desalmada que
Não poupa meus pecados e não alivia
Com gracejos as minhas conquistas.
Amando a dor e sentindo prazer em sofrer.
A cada virgula das frases surgem ressentimentos
Que não permitem a paz interior e também não dão chance
A felicidade de ver um fracasso como um enorme sucesso.
E sim uma sucessão de lamentos e xingamentos,
Gritos e absurdos tomando conta do sistema
De ordem mental que faz a realidade cruel
Tornar impossível habitar esta pele decomposta.
Sentindo inútil o sentimento de auto comiseração,
Tornando impossível a convivência interna.
A loucura instala-se no cotidiano fazendo todo dia
O inferno sair de seu buraco só para me ver.
Marcelo Riboni
02/01/2010
16:49hrs.
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