sábado, 2 de janeiro de 2010

Fragmentos.

Afogado num mar de pensamentos imprecisos;
Soterrado em memórias fora de ordem;
Repartindo uma cerveja com pior lado
Da minha imaginação obcecada.

Dividido entre a dor e o prazer.
Tentando comunicação com o lado
Escuro da noite, onde não há nada a não ser
Cacos de uma vida passada, esquecida e enterrada.
Contando as horas para o sol nascer e me absolver
Da escuridão de uma alma desalmada que
Não poupa meus pecados e não alivia
Com gracejos as minhas conquistas.

Amando a dor e sentindo prazer em sofrer.
A cada virgula das frases surgem ressentimentos
Que não permitem a paz interior e também não dão chance
A felicidade de ver um fracasso como um enorme sucesso.
E sim uma sucessão de lamentos e xingamentos,
Gritos e absurdos tomando conta do sistema
De ordem mental que faz a realidade cruel
Tornar impossível habitar esta pele decomposta.

Sentindo inútil o sentimento de auto comiseração,
Tornando impossível a convivência interna.
A loucura instala-se no cotidiano fazendo todo dia
O inferno sair de seu buraco só para me ver.


Marcelo Riboni
02/01/2010
16:49hrs.

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