sábado, 23 de fevereiro de 2008

besteiras de uma sexta a tarde


Ele lê poemas insanos no banheiro,
Vê lutas de boxe na tevê da sala,
Ouve rock pesado no quarto
E dorme num colchão no chão

Vai dormir as duas da manhã com a tevê ligada e
Acorda ao meio dia e toma uma xícara de café preto,
Acende um cigarro e lê o jornal do dia
Enquanto ouve o radio ainda com cara de sono.

Senta no pátio a tarde para ler,
No sol escaldante de verão, calor para cacete,
Debaixo da parreira, mas a sombra
Não diminui o calor intenso de trinta graus.

Sentado debaixo das folhas na sombra, ele pensa
Que quem vive na sombra de
Outra pessoa
Deve mesmo estar na merda e fodido.

Tudo é uma questão de timming
Escrever, criar, produzir algo
Não é moleza e não dá para forçar
Uma coisa que não quer sair

Então ele para de pensar bobagem e
Volta a atenção ao livro que estava lendo
Se concentra nas palavras do texto
E devagar esquece as divagações.

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