segunda-feira, 7 de março de 2011

O olhar frio

Palavras e mais palavras, mostram mais
E mais coisas mortas. Seca. Soca. Bate.
Deixa uma fúria sair de dentro aos poucos
Uma trilha de um passado cheio de loucos.

O que vamos fazer? Brigar? Lutar?
De ações belicosas eu já estou farto
Cada gesto, cada atitude filmada pela retina
Agita uma memória de perda repentina.

O que vamos falar? Dizer? Para quem ouvir?
Eu quero aos poucos começar a sumir
Eu quero aos poucos ver a coisa toda ruir
Deixar o corpo cansado simplesmente cair

Deitar ao lado das lembranças
Deixar de lado as esperanças
Quem sabe correr na rua como as crianças
E viver, só viver, para sempre o dia o que nunca foi.


Marcelo Riboni
26/02/2011
21:36hrs

Nenhum comentário: